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Engenharia Química na

Producao de Vacinas

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Olá pessoal! No post de hoje, falaremos sobre um tema de grande relevância para o atual contexto em que vivemos: a produção de vacinas. Nesse sentido, vamos destacar o papel da Engenharia Química na concepção dessas que são as nossas maiores aliadas no combate às enfermidades que assolam a saúde humana. 

 

Antes de tudo, considerando que nesse momento estamos enfrentando a pandemia do COVID-19, as questões que envolvem as vacinas estão em voga e são discutidas em diversos âmbitos da sociedade e das mais diversas maneiras.

 

 Com isso muitas dúvidas foram despertadas na população ,tais como: De que forma funcionam as vacinas? Como elas são produzidas? Por que existem vários tipos? Essas informações são valiosas e evidenciam a Engenharia Química atuando nessa área.

 

AS VACINAS:

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, esse tipo de imunização é um dos meios de prevenção de doenças mais eficientes, haja vista a sua capacidade de induzir o sistema imunológico a produzir anticorpos contra agentes patógenos. 

 

Sua importância é tamanha que mesmo antes da atual movimentação para a imunização contra o coronavírus eram produzidas, anualmente, mais de 1 bilhão de doses de vacinas no mundo.

 

A  diferença entre os tipos de vacinas produzidas está na plataforma ,ou seja, no meio usado para induzir o corpo humano. Por exemplo, podem ser constituídas pelo próprio patógeno inativo, por meio do material genético dele ( Ex: vacina para Raiva, vacina para COVID-19-Sinovac-) , ou envoltos em uma nanocápsula lipídica( Ex: vacina para meningococos), ou constituídas por um vetor viral (Ex: vacina para COVID-19 - Sputnik V, Janssen, Oxford-) e entre outros tipos que também são importantes para a proteção humana.

 

De um modo geral, a produção de vacinas requer capital e investimentos recorrentes em equipamentos e pessoal em prol de manter o alinhamento com as diretrizes regulatórias e de suprir a demanda. 

 

Nesse contexto, dentre as etapas gerais da produção em larga escala de uma determinada vacina estão a recepção de matéria prima( a qual precisa de um controle de qualidade), o processo em pequena escala( feito em laboratório), o processo em grande escala( utilizando, por exemplo, um biorreator), etapas de purificação e entre outras fases até a sua comercialização.

 

Em média, todo esse processo pode durar de 6-36 meses sendo 70% desse tempo voltado para atividades de controle de qualidade.

 

 As pesquisas até a aprovação do órgão regulador, por sua vez, levam em média de 10-15 anos para serem concluídas, tempo esse que foi reduzido devido aos avanços tecnológicos e às otimizações do processo durante a produção das vacinas para COVID-19.

 


 

ENGENHARIA QUÍMICA NA PRODUÇÃO DE VACINAS:

 

A Engenharia Química está fortemente relacionada às questões que envolvem as vacinas, já que possui fundamentos que estão diretamente relacionados aos processos que englobam o bem estar da sociedade. 

 

Nesse sentido, a EQ enquanto uma formadora de profissionais capacitados em processos de transformação ,desenvolvimento de projetos , gestão de qualidade e em controle e otimização consegue contribuir, a partir das seguintes áreas:

 

  •  Pesquisa e desenvolvimento da vacina;          

  •  Otimização do processo industrial                      

  •  Projeto de uma instalação para a produção da vacina; 

  • Desenvolvimento/ Manutenção/Vistoria de equipamentos como reatores e biorreatores;  

  • Operações unitárias;

  • Testes de qualidade;

  • Análises físico-químicas desde a matéria prima até o produto final dos componentes que compõem as vacinas;                                                                                                   

  •   Supervisão/Segurança no processo de produção; 

  •   Farmacovigilância.

 

 O papel da EQ tem destaque em Processos Bioquímicos, em especial no seguinte eixo: Biotecnologia.

 

EQ NAS FÁBRICAS DE VACINAS:

Já vimos que  existem diferentes tipos de vacinas, mas você sabia que a fabricação dessas vacinas também tem suas especificidades? Vamos conhecer um pouco sobre algumas formas de produção, pois isso vai evidenciar como a  EQ está atrelada a essa área.

 

FABRICAÇÃO POR CULTIVO MICROBIANO

É utilizada para produzir vacinas contra doenças bacterianas. Em escala industrial, necessita do cultivo de bactérias suficientes para serem usadas nas vacinas (Ex: fabricação de vacina para cólera)

 

De um modo geral, a produção tem como etapas:  a preparação de um meio de cultura adequado,  a  utilização de um biorreator com condições ideias para a multiplicação do microrganismo( ph, temperatura e agitação controlados) e as operações unitárias de separação e para purificação.

 

Todas essas etapas são fundamentais na concepção da vacina e representam áreas de participação de um profissional da Engenharia Química.

 

FABRICAÇÃO DE VACINAS VIRAIS A BASE DE CÉLULAS

Esse tipo de fabricação representa um método de produção de vacinas contra viroses que é feito em laboratório ou na planta industrial. É possível escalonar essa fabricação em reatores, o que permite a produção de um grande volume de vacinas ( Ex: produção de vacina para poliomielite).

 

Nesse sentido, os fundamentos da EQ que representam as atividades laboratoriais e industriais estão contemplados pela caracterização do funcionamento desse tipo de método de produção de vacinas.

 

Como podemos perceber, o processo de produção de uma vacina é complexo e passa por diversas etapas que estão relacionadas com fundamentos da EQ.

 

Portanto, engenheiros químicos na temática de vacinas podem trabalhar desde laboratórios de pesquisa até instalações de fabricação. 

 

Bom, essas foram as informações de hoje  pessoal! Caso tenha alguma dúvida, estamos sempre à disposição! E, para acompanhar os próximos textos, fiquem ligados no nosso Instagram @geqlms. Até a próxima!



 

BIBLIOGRAFIA:

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