Engenharia Química no
setor automotivo
A indústria automobilística é aquela responsável por desenvolver, fabricar, projetar e até criar publicidades e vender veículos automóveis que são produzidos. No Brasil, algumas empresas como Volkswagen, General Motors, Toyota e Hyundai são exemplos de grandes instituições que estão, atualmente, instaladas no país.
A Engenharia Química tem um papel muito importante nesse ramo industrial, já que pode estar envolvida desde a criação de projetos, no seu desenvolvimento, na fabricação e até na montagem de equipamentos e sistemas para automóveis. Os graduandos dessa formação aprendem sobre processos físico-químicos, operações industriais, além de conhecimentos-base da Engenharia, a partir das disciplinas presentes na grade curricular do curso. Sendo assim, esse engenheiro é apto para atuar nas áreas comuns para todas as indústrias, que também estão presentes no setor automotivo, assim como nos segmentos específicos desse campo.
Você, graduando(a) de Engenharia Química ou futuro graduando(a), já pensou ou tem interesse em seguir carreira na indústria automobilística? Confira a seguir, então, mais sobre o setor automotivo e as possibilidades de atuação de um engenheiro químico nesse campo.
Cenários da indústria automobilística
As primeiras montadoras chegaram ao Brasil no século 20, desde então, o país passou por uma série de mudanças até que a indústria brasileira automotiva ganhasse a notoriedade que se tem atualmente. Na primeira metade do século 20, São Paulo recebeu as fábricas da Ford e da General Motors. Em meados dos anos 50, o Brasil recebeu algumas fábricas como a Volkswagen, a Mercedes-Benz e a Willys-Overland. Atualmente, há uma grande lista relacionada ao discutido, reforçando o destaque nacional em relação a essa temática.
A pandemia da Covid-19, quando chegou ao Brasil em 2020, afetou várias áreas e causou muitas consequências que não estavam previstas. Esse cenário, em relação à indústria automobilística, também não foi diferente. Com a suspensão das produções, fechamentos de fábricas e falta de insumos necessários, a expectativa para esse setor de um crescimento de 10%, na realidade, se tornou uma retração de 26,7% em relação ao ano de 2019.
Essa área, desde então, tem mostrado um grande esforço para a sua recuperação. De acordo com o contexto atual, é projetado um crescimento de 15%, além do aumento das exportações. Portanto, percebe-se o grande impacto que foi ocasionado nessa esfera, mas é notório o esforço para a sua recuperação e para a retomada de seu crescimento no país.
Áreas comuns de atuação do engenheiro químico no setor automotivo:
Qualidade: A Engenharia Química atua validando, a partir de critérios pré-estabelecidos, registrando não conformidades, analisando as causas de defeitos. Dessa maneira, o profissional traça um plano de ação e implementa melhorias a fim de remover ou corrigir os erros. Esse processo é realizado a fim de testar e inspecionar a produção automobilística e garantir a conformidade com os padrões exigidos.
Supply Chain: Esse conceito se refere ao processo voltado para o planejamento estratégico de fluxos de bens, serviços, finanças, informações, ou seja, tudo aquilo que está direta ou indiretamente, na execução da produção. Assim, o engenheiro químico pode atuar na gestão dessa cadeia logística.
Pesquisa e desenvolvimento: Responsável pela execução de pesquisas a fim de promover os insumos necessários a respeito do estudo do mercado, das necessidades dos clientes, de novas tecnologias, inovações e tendências. Além disso, possibilita o crescimento das empresas no mercado, a partir do desenvolvimento de produtos.
Gestão: Outra área que o profissional em Engenharia Química pode trabalhar é no gerenciamento de uma produção industrial. Sua função é buscar organizar, da forma mais efetiva possível, os processos que compõem a dinâmica produtiva de uma empresa.
Áreas específicas de atuação do engenheiro químico no setor automotivo:
Etapa de pintura: O Engenheiro Químico pode ficar responsável pelo desenvolvimento de processos e produtos que evitam a corrosão e, além disso, realizar testes em laboratórios do que envolve essa abordagem.
Etapa de produção de transmissão: Processos como usinagem (trabalho em uma peça bruta com máquina-ferramenta para dar-lhe a forma final), tratamento térmico (procedimento para melhorar as propriedades de peças metálicas) e montagem também são setores nos quais a Engenharia Química pode operar.
Etapa de prensas: Envolve a produção de peças e materiais específicos que serão utilizados na carroceria dos automóveis.
Conclusão
A partir de tudo o que foi visto, é possível concluir que a Engenharia Química exerce uma função fundamental no setor industrial, inclusive no campo automobilístico. O profissional desse ramo pode estar presente no gerenciamento da fábrica, na garantia de um produto final com qualidade, além da atuação em laboratórios de pesquisas e testes.
Ficou interessado em saber mais sobre as diversas possibilidades de atuações de um profissional de Engenharia Química? Clique aqui e leia alguns relatos de experiências de estudantes e ex-estudantes de Engenharia Química da UFMG.